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Um atravessar de uma densa floresta

A sua pintura tem uma forte ligação com a luz, num jogo de contrastes claro/escuro, em que a luminosidade parece esconder-se atrás dos primeiros planos, espreitando aqui e ali o momento certo para saltar ao nosso encontro. As manchas são separadas por contornos algo enevoados, aumentando a indefinição de objectividade.

O seu percurso pictórico, olhando-o friamente, sugere como que um atravessar de uma densa floresta de cardos e espinhos, em que, com o passar do tempo, se vão dissipando, como que se aproximando de uma clareira, de uma paisagem tranquila, mas não bucólica.

Algumas das suas telas são autênticos vitrais pictóricos, onde se chega quase a adivinhar o que se esconde lá fora. Outras são olhares microscópicos com o olho nu da alma. Outras ainda são rápidas espreitadelas para o interior do além, em que a força das imagens permite um registo marcante.

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